Como as etiquetas de coleiras são facilmente perdidas ou removidas, por muitos anos os donos de animais de estimação e criadores de animais utilizaram tatuagens como uma forma mais permanente e segura de identificar animais de estimação. Infelizmente, o uso de tatuagens não é um método infalível. Digamos, por exemplo, que seu cachorro tenha se perdido. Alguém o encontra e o leva para um abrigo de animais. Após a chegada, ele está desorientado e possivelmente amedrontado. A funcionária do abrigo rapidamente nota o anel de metal torcido pendendo da coleira onde a etiqueta de identificação costumava ficar. Quando ela tenta verificar se o cão tem uma tatuagem, ele rosna e se contorce. Seu pêlo está embaraçado e a funcionária não vê a pequena série de números localizada próxima de sua pata traseira direita. Como esse não é um cenário incomum, as pessoas vêm tentado descobrir outros sistemas de identificação. Os microchips são um dos sistemas mais modernos e populares.
Similares aos códigos de barra e fitas magnéticas, os microchips são uma forma de tecnologia de identificação automática. Geralmente, esses microchips são usados para armazenar e transmitir informações especificamente relacionadas a alguma coisa ou a alguém. Eles podem ser implantados, tanto por meio de injeção ou de procedimento cirúrgico, temporariamente inseridos ou simplesmente anexados a um objeto. Como usam sinais de radiofreqüência para retransmitir as informações armazenadas, eles são conhecidos como identificação de radiofreqüência (RFID).
De acordo com os principais fabricantes, os microchips usados em identificação e recuperação de animais de estimação são programados para armazenar um número de identificação único e permanente. O chip e uma antena são selados em uma cápsula biocompatível, hermética, feita de vidro. O mecanismo inteiro pode variar de tamanho, indo de menos de 1 cm até quase 3 cm de comprimento. O microchip médio tem aproximadamente o tamanho de um grão de arroz. O próprio dispositivo não contém nenhuma bateria, e seu circuito eletrônico é ativado somente quando ele está sendo monitorado.
O método de implantar o microchip é muito parecido com a aplicação de uma vacina. Um aplicador esterilizado é usado para injetar o microchip bem abaixo da pele na parte de trás do pescoço do cão, entre as omoplatas. Para evitar a migração (movimento do local do implante original), uma empresa usa uma cobertura patenteada para promover a união entre o tecido fibroso e a cápsula do microchip.
Depois que o microchip é implantado com sucesso, ele pode ser "lido" usando-se um dispositivo de varredura (scanner). O scanner emite um sinal de rádio de baixa freqüência, ativando o microchip. O microchip então envia um número de identificação único de volta ao scanner. Após a decodificação das informações, o scanner exibe o número em seu display de LCD. O número é então inserido em um banco de dados, juntamente com as informações de contato apropriadas. Programas como o American Kennel Club (AKC) Companion Animal Recovery (CAR) (Recuperação de Animais de Companhia do Kennel Clube Americano) mantêm bancos de dados mundiais para que possam ajudar a devolver animais de estimações perdidos a suas famílias. De acordo com o programa CAR, do Kennel Clube Americano, mais de 900 mil animais de estimação e animais de companhia foram registrados em seus bancos de dados, o que inclui animais tatuados, e quase 50 mil animais de estimação foram devolvidos a suas famílias.
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